sábado, 6 de abril de 2013

FRAMES-RETRÔ – Mercenários das Galáxias: o “Sete Homens e um Destino” no espaço

Fábio Pereira 


Se você acha que a comparação com o clássico faroeste “Sete Homens e um Destino” (EUA, 1960) é, no mínimo, prematura, pense duas vezes, ou sete!

Mercenários das Galáxias, visto hoje, por olhos acostumados com os efeitos especiais de “Avatar” (EUA, 2009), ou com batalhas épicas no espaço, como a do Star Trek de J. J. Abrams, pode parecer medíocre e ultrapassado, pelos efeitos especiais antiquados e figurinos dignos de passistas de escolas de samba cariocas, mas, para um filme lançado há mais de 30 anos, no começo dos maravilhosos anos 80, o termo “cult” se adequa a ele com força total.

A trama de Mercenários das Galáxias segue os mesmos passos do já citado “Sete Homens e um Destino”: o vilão Sador (John Saxon – canastrão ao extremo), possui uma nave imbatível, que escraviza planetas e seus habitantes. Chegando ao pacífico planeta Akir (homenagem ao diretor japonês Akira Kurosawa), ele tenta fazer a população refém de seus desígnios, exigindo sua colheita, com a garantia que o medo se encarregará de tudo. Mas, eis que um jovem fazendeiro, Shad (Richard Thomas, em interpretação esquecível) parte a bordo de uma velha nave Corsária, para recrutar mercenários a fim de salvar seu planeta.

A equipe – alguns convencidos a duras penas – é formada por: Gelt (o saudoso Robert Vaughn, de Sete Homens e um Destino!), um guerreiro experiente, que aceita a missão somente para se esconder das autoridades que o perseguem; Cowboy do Espaço (o já falecido Robert Peppard, do original “Esquadrão Classe A”), um terráqueo, natural do estado norte-americano do Texas; Exmin (Sybil Danning, de “Aeroporto 79 – O Concorde”), pertencente a uma raça guerreira chamada de “Valquírias”; Nestor (Earl Boen, John Goen e outros), uma raça de clones inteligentes que formam um único ser; Nanelia (Darlanne Fluegel, a esposa de Stallone em “Condenação Brutal”), a filha do fabricante de armas, Doutor “Hephaestus”; e Cayman, da Zona Lambda (Morgan Woodward, ator mais voltado a séries de TV, como Dallas), um membro de uma raça de répteis e mercador de escravos.

Nas mãos do inexpressivo diretor Jimmy T. Murakami, com produção de Roger Corman, Mercenários das Galáxias pode ter um quê de amadorismo nas caracterizações de alguns personagens, como o Cowboy, com todos os maneirismos e gracejos tipicamente americanos, mas pode se vangloriar pela trama, que envolve o espectador de maneira positiva, com todos torcendo que o vilão canastrão tenha seu fim merecido.

Duas curiosidades: James Horner, responsável por trilhas de outros clássicos dos Anos 80, como “Comando Para Matar”, também assina a trilha desta produção; o, na época, iniciante diretor James Cameron (Avatar, O Exterminador do Futuro) estava a cargo dos “efeitos especiais” de Mercenários das Galáxias.



Mercenários das Galáxias (Battle Beyond the Stars, EUA, 1980). Elenco: Richard Thomas, John Saxon e Robert Vaughn. Direção: Jimmy T. Murakami



TRAILER



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